O corpo diz que não pode mais, que não quer mais. A cabeça ainda respira, tentando fazer-se dona do corpo, tentando mostrar sua soberania, seu poder. Mas o corpo insiste em ficar sempre deitado, como a requerer um descanso que precisa ser lhe dado. Mas eu resisto. Eu não quero, não posso e preciso lutar. Eu é que não posso negar o direito que me foi dado de lutar, de resistir, de renascer. Pareço sem vida, e às vezes acho mesmo que estou (sem). Mas a força dessa esperança que veio comigo de berço não me deixa entregar os pontos. E permaneço firme, ainda que muitas vezes caio. Mas permaneço forte, ainda que o braço estremeça. Permaneço vivo, ainda que o corpo não queira.
Caco L